22 novembro 2003

sagrado lugar dos nus

Imagina um tempo, um lugar
Em que possas estar nu
Nu de preconceitos, de vergonhas, de hipocrisias
Imaginas? Será que consegues?
Pensa bem se neste mundo tal conseguirás
Não tens liberdade de escolha
Pois as hipóteses são limitadas
Queres viver ao teu ritmo?
Eles não deixam, seria um desaforo
São eles que te impõem esse ritmo mecânico
Essa autenticidade macabra a que dão nome
Chamam-lhe liberdade! Será?!
Afinal que liberdade existe em viver como eles querem?
Que possibilidades tens se são eles a depor as cartas
Neste jogo em que outros sempre vencem?
Não, não penses em tentar batotar
Eles descobrem e pagarás teu erro bem caro
Castigar-te-ão duma forma intransigente
Nunca serás livre, nunca poderás escolher
Viverás como eles querem ou então nem viverás
Limitar-se-ão a chamar-te tolo, louco talvez
Por pensares teus pensamentos, aqueles que eles desmentem,
Que querem abafar e destruir,
Eliminar para não deixar rasto
Desses teus ideais que um dia criaste,
Que tentaste oferecer a outros para nossa salvação...
O melhor é desistires
Não procures o sagrado lugar dos nus
Eles não vão deixar que o encontres
E se tal acontecer destruí-lo-ão como fizeram a este
Deixar-te-ão novamente sem escolhas
E lá virão todas aquelas regras a que chamam liberdade

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