22 novembro 2003

morrer

pois que uns dias são mais carregados de morte que outros...funerais, desfiles de massas corporais juntas pelo sofrimento...e vontade,vontade de morrer e não ter funeral...não querer pessoas a chorar, pois que a única liberdade que possuimos é a de morrer...e essa não é triste, é apenas um ponto e vírgula numa historia sem fim que muitos julgam acabada quando a máquina cessa o seu bater intermitente...mas o que fica..é muito mais...palavras, acções, sentimentos, um abraço...uma palavra de calma perante o arrebatamento da loucura ou do amor...um filho que se criou com amor e cá deixado como a continuaçao de um (belo) trabalho executado por duas almas...talvez a morte seja fim já que sem corpo a alma nada é...mas gosto sim de a ver como continuação, como um elo de ligação entre o passado e o futuro, a morte e a vida como um circulo onde é impossivel distinguir o começo e o fim da linha...e o tempo...essa medida tão imprecisa do meu sentir, do nosso viver...cadenciado pela dor é lento, vagaroso no seu caminhar, sussurrante na sua força...movido pelo amor ele corre, jubila e apressa-se para que mais tarde todos esses momentos não sejam mais que leves e breves memorias de algo indefinido...pois que uns dias são mais carreagados de morte que outros...e hoje é um desses dias....

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