algo a adicionar ao comentário do leitor..
não sei se percebeu tudo o que escrevi. eu não generalizei nem exagerei ao falar da censura jornalística. eu usei esta apenas como um exemplo. poderia também ter dado o exemplo do Marcelo Rebelode Sousa. se o leitor acha aceitável que o nosso jornalismo, veículo de aprendizagens, assimilações e cultura, possa criar uma tal rede de censura em que as vozes privadas nunca são ouvidas, ento você não é democrata.
talvez seja "boring", aborrecido, secante falar ou discutir sobre tudo isto mas, se uma vez mais, isso não for feito, criaremos (como José Gil tão bem o pôs) um novo estado de não-inscrição que sempre caracterizou o nosso país. e num país em que o povo não discute, não subscreve nem inscreve, não pode haver democracia, por muito que gostemos de acreditar que sim. aqui, falei do jornalismo, mas poderia ter falado da censura religiosa, das corporações internacionais que nos puxam para o fosso do desemprego se as ordens delas não acatarmos, da pobreza de espírito da elite governadora no que conta a problemas e fenómenos sociais, na hierarquia deslimitada do poder que faz Portugal sucumbir à pobreza, da servidão em que nos encontramos relatvamente à UE. nós estamos mal. estamos pior do que queremos aceitar. mas se não discutirmos, não poderemos nunca aperceber-nos deste nosso estado de sítio e, muito menos, poderemos mudá-lo.
estamos na transição de um país desgovernado para um governo internacional. acomodamos a nossa educação, economia, sociedade a uma espécie de quase autoritarianismo em que o local deixa de ter poder para que o global possa ascender. tudo bem com isso. se nos impõem regras para que possamos desenvolver, não tenho qualquer problema com isso. mas se essas regras são usadas para manipulação de capitais e recursos, sem aumentar a qualidade de vida dos portugueses, de que nos serve pertencer à UE? estamos perante um pau de dois bicos. sem a UE , estaremos isolados e continuaremos sempre subdesenvolvidos em comparação com os restantes membros. com a UE, crescem subgrupos em que o poder se concentra, crescem as forças capitais (mas sempre dominadas por elites) e cree a diferença entre o rico e o pobre. de qualquer maneira, é a UE que nos vai dando oportunidades de expansão, física e da nossa própria consciência.
por enquanto, esta é uma dicotomia a que não podemos fugir. pertencemos à UE e vivemos num país simuladamente governado.
se não for o sujeito que cada um de nós deveria ter (inclusivé você, caro leitor) dentro de si, a tentar mudar a situação ou, pelo menos, a expô-la para que sobre ela se possa reflectir, o que acontecerá ao nosso país?
ah, por muito aborrecido que você possa achar isto, da próxima vez comente de uma forma construtiva, defendendo o seu ponto de vista com argumentos válidos ou então não comente sequer.
talvez seja "boring", aborrecido, secante falar ou discutir sobre tudo isto mas, se uma vez mais, isso não for feito, criaremos (como José Gil tão bem o pôs) um novo estado de não-inscrição que sempre caracterizou o nosso país. e num país em que o povo não discute, não subscreve nem inscreve, não pode haver democracia, por muito que gostemos de acreditar que sim. aqui, falei do jornalismo, mas poderia ter falado da censura religiosa, das corporações internacionais que nos puxam para o fosso do desemprego se as ordens delas não acatarmos, da pobreza de espírito da elite governadora no que conta a problemas e fenómenos sociais, na hierarquia deslimitada do poder que faz Portugal sucumbir à pobreza, da servidão em que nos encontramos relatvamente à UE. nós estamos mal. estamos pior do que queremos aceitar. mas se não discutirmos, não poderemos nunca aperceber-nos deste nosso estado de sítio e, muito menos, poderemos mudá-lo.
estamos na transição de um país desgovernado para um governo internacional. acomodamos a nossa educação, economia, sociedade a uma espécie de quase autoritarianismo em que o local deixa de ter poder para que o global possa ascender. tudo bem com isso. se nos impõem regras para que possamos desenvolver, não tenho qualquer problema com isso. mas se essas regras são usadas para manipulação de capitais e recursos, sem aumentar a qualidade de vida dos portugueses, de que nos serve pertencer à UE? estamos perante um pau de dois bicos. sem a UE , estaremos isolados e continuaremos sempre subdesenvolvidos em comparação com os restantes membros. com a UE, crescem subgrupos em que o poder se concentra, crescem as forças capitais (mas sempre dominadas por elites) e cree a diferença entre o rico e o pobre. de qualquer maneira, é a UE que nos vai dando oportunidades de expansão, física e da nossa própria consciência.
por enquanto, esta é uma dicotomia a que não podemos fugir. pertencemos à UE e vivemos num país simuladamente governado.
se não for o sujeito que cada um de nós deveria ter (inclusivé você, caro leitor) dentro de si, a tentar mudar a situação ou, pelo menos, a expô-la para que sobre ela se possa reflectir, o que acontecerá ao nosso país?
ah, por muito aborrecido que você possa achar isto, da próxima vez comente de uma forma construtiva, defendendo o seu ponto de vista com argumentos válidos ou então não comente sequer.
3 Comentários:
Olá tinex desculpa n m ter identificado no comentário. Como já deves ter reparado sou o devil e n sei s t lembras dakela conversa q tivemos no irc qd montaste isto... pois bem, nc mais liguei, nem me lembrava, até ter formatado pela enésima vez o pc e ao instalar as trampas no sítio dei com as conversas logadas do irc, dentre as quais aquela...
É assim, quando digo “boring”, digo-o porque estou completamente farto de ouvir falar mal do país actual e n sei quê, muitas vezes sem razão e conhecimento de causa. Acaso já perdeste tempo a estudar história de Portugal? Já te detiveste no período do estado novo? Se sim, deves saber dos 50 anos que perdemos em termos de desenvolvimento. Todas as matérias que fortalecem a democracia e a tornam mais participativa (educação na escola e em todos os meios de educação) foram bloqueadas pela ditadura. Esta velha senhora, o que nos legou foi um país “órfão” de salazar, com uma camada dirigente impreparada e uma massa popular inculta.
O nosso problema ainda hoje são os resquícios desse período. Estamos a melhorar, no entanto, os nossos “scores” de desenvolvimento o que nos vai permitir algum dia aspirar a ser um país verdadeiramente desenvolvido.
Agora não podes é misturar este problema com um outro, que não é exclusivo de Portugal mas que se passa em todo o mundo desenvolvido e que é bastante discutido nos círculos de jornalistas, e que é o de até onde deve ir a auto-censura dos jornalistas e de quem trabalha no sector da informação? Isto já não é bem um problema estrutural mas de consciência de cada um, não existe uma entidade (anterior comissão de censura) que controle completamente a produção de cultura mas isso depende sim das linhas editoriais e mesmo, no caso dos chats e fóruns, e mesmo blogs e páginas de jornais, das susceptibilidades... e isto é um fenómeno global.
Agora não me venhas é com análises marxistas – os problemas resolvem-se com pragmatismo e não com utopias. E certamente saberás que nunca as minorias tiveram tanta importância e tanta notoriedade em Portugal como no pós-25 de Abril. Tens nos partidos de esquerda secções que representam os interesses – lobbies intra-partidários – na defesa dos interesses das mais diversas varandas da sociedade (mulheres, homossexuais, jovens, entre outros). No BE, como no PS, como no PC, como nos Verdes.
Ou seja, para além da incompetência crónica de muitos políticos, as características estruturais herdadas de séculos de trevas governativas – desde o absolutismo, aos governos dos últimos anos do séc. XIX, aos suspirosos elencos governativos da República até depois ao Estado Novo, ninguém fez o suficiente para alfabetizar a nação, o que deveria ter sido o primeiro passo – a Suécia, por exemplo, parte de uma alta taxa de analfabetismo no início do século XX que prendia o país ao sopé da civilização europeia para o topo social e económico do eurocontinente. Nós simplesmente não o fizemos. Apenas o começámos a fazer, e muito timidamente, após o 25 de Abril, e nem sempre da melhor forma. Uma boa imagem é a da visita de Otelo à Suécia, em que este disse que a revolução já quase tinha acabado com os ricos, ao que o meu camarada sueco respondeu que na Suécia se tentava, sim, acabar com os pobres!
Agora, que estamos ainda numa fase de desenvolvimento, disso não há dúvida – nem seria preciso consultar taxas e índices para o provar. Com diversos aspectos a limar. Também se trata de um facto indubitável. Agora, chorar sobre leite derramado não é a solução. Não nos podemos colocar de fora do sistema e criticá-lo. Temos de se inserir nele e procurar ajudar a que se desenvolva, pois ainda é nessa fase em que ele se encontra e mesmo os países desenvolvidos necessitam de uma democracia com desafios para a poder manter. Ou seja, essa é a NOSSA responsabilidade.
PS: quanto ao teu post de resposta:
Não sei se reparaste, quem tentou exercer pressão no caso marcelo foi o governo, no que não contaram com a ajuda sequer dos meios de comunicação afectos à matriz ideológica que morava em São Bento. Aquilo não passou de um “faits-divers“, de uma guerra política interna do PSD, como se veio a verificar depois noutros contextos e contribuiu, a par de uma queda ainda maior na m,inha consiuderaçãop de santana lopes, para uma desacreditação do rebelo de sousa, que num dia critica e no outro dá palmadinhas nas costas....
E agora que te começas a interessar pela política, não caias na tentação de dizer que tudo está mal. Estuda os problemas e depois sim, discute-os. É óbvio que os lobbies existem, as corporações existem, mas não é com discursos “Robin dos Bosques” que se vai lá – é com consertação social, com combate à fraude, com educação e esclarecimento e não com radicalismos, sob pena de se cair no lugar comum. Com propostas. Radicalismos já os temos nos discursos dos pc’s e be’s pela Europa fora e olha como os regimes defendidos por esses senhores deixaram os seus países. Além disso, não é pela EU que crescem os grupos económicos, mas sim por puras leis de mercado. A EU é muito mais que o mercado único ou a moeda comum e tem inclusivamente dos instrumentos anti-clusterização dos mais avançados e controlados do mundo, que não permite clusters como nos neo-liberalismos americano e chinês (sim, a china há muito que não é comuna), por exemplo. E essa do país simuladamente governado... andas a decorar slogans da esquerda radical. O que temos é um compreensível conjunto de regras económicas a respeitar, dentre as quais algumas criticáveis mas que são o garante da estabilidade na Europa.
Resumindo: apraz-me que te comeces a interessar por política, agora parece-me que começas numa posição demasiado radical para que te possa levar a sério... vais-me desculpar a sinceridade?
obrigada diabólico
Sim, provavelmente por isso e
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