20 dezembro 2003

tumulto

Sinto-me envolta em tumulto, numa roda gigante de feira
No escuro vejo as luzes, o brilho da cidade decadente
Olho, apreendo, observo, calo, fito, sorrio
Presenteio-me com a vida, sentada num céu apagado
Ninguém sabe o que eu sinto mas não precisam saber
Não perguntam e eu espero, quando perguntam não respondo
Já é tarde, o tempo da luz acabou, num ápice, puff
Um amigo, dois amigos, três amigos, a conta certa, estou a mais
Esta ideia que persiste num pensamento, o exílio como solução
Recordar-te no mesmo sítio, evocar-te erroneamente
Pensar um raciocínio como se este fosse real
Trocas e baldrocas, vens aqui e d’acolá, viras para a frente...
Já não sabes caminhos, roubaram-te o sinal
O traço branco, círculo vermelho! Não passes, há nêsperas
Perigos e dores atrás do portão, não te vires para trás
Continua que ele não nota...

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial