14 março 2004

feliz dia mundial da poesia

Faz tão bem estar só
O amor louco que os une no ódio
Observei esta placenta que nos consome
Confiei na vida e esta traiu-me
Confiei na lua e esta iludiu-me
Apaixonei-me pelas estrelas, um luar
Azul sobre um sol pálido
Não atingirei o chão
As alturas devorar-me-ão
O meu calcanhar de Aquiles
Sempre foram as vertigens
Os olhos negros de olhar para o céu
Nuvens cinzentas carregadas de pecados
Pedaços de uma vida perdida algures
Num tempo em que um sorriso não custava
Num tempo em que a lágrima era alegre
Quem será este ser seriamente sereno e estranho
Na história de uma vida agitada
Tremendo com ilusões pulsantes
Que explodem duma mão em fúria
Agarrando esta pedrinha que do bolso salta
E adormece nesta escuridão fotografada
Parece-me o sítio para sonhar
Não o quero perder e vou até ele
Para nunca mais acordar.

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