14 abril 2004

fogo

chamam-lhe dizimador.não quer sê-lo nem que o inventem.vermelho como a paixão.qual será então a cor da razão?preto no branco vive a morte em silêncio.alguém por perto cala a mente com trôpegos pensamentos hilariantes e ao longe alguém se declara tristemente.ninguém sabe onde pertence e sem quererem saber transparecem uma melancolia que não existe.e a chama perpetua num incessante movimento quebrado.rodopia levemente uma centena de penas no ar.ninguém embala o singelo ser foragido.e não cede a chama de queimar num degelo fresco.fanatismo recorrente é o lema duma vida desmedida em que o canto não se faz sem que alguém sofra as consequências.e o incêndio flameja nos corações mais desatentos.sem alento nem misericórdia outros invejam suas sortes e criticam costumes desconhecidos.fervilhando não pára esta cor de bater.fortemente sente que está ao fim o ar que lhe dá calor.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial