inocente
Nada mais tenho a recear
O desalento já me atingiu
Resta-me esperar pela morte
De uma vida adormecida,
Presa num desejo permanente
De ser livre.
As riscas de um arco íris
Preso em três cores de mil tons
Lembram-me de sonhos
E girassóis sorridentes
É tudo tão bonito quando não se pensa
E a sensação permanece indolor
Enquanto a memória me arrasta
Para rios de sangue
Este sangue imundo,
Inundado de mágoas
Chora sobre a minha morte
Que pela tua chorarei eu
Perdoa-me todas as verdades
E usa-me como teu instrumento.
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