05 agosto 2004

(ada)

desassossegada. desesperançada. frustrada. cansada. intrigada. desconfiada. desacreditada. angustiada. e tantas outras palavras acabadas em -ada que poderiam servir para descrever este estado de alma em que não tenho calma. em que me sinto inútil e insignificante. em que sinto que poderia desaparecer já amanhã que nada seria diferente. em que sinto que pra eles nada valho. em que me sinto carcomida pela sensação de que estou a querer demais e estou a invadir demais. se não querem isto, porra, digam logo. não me façam querer desejar mais. não me alimentem vãs esperanças nem me iludam com o passar do tempo. se acham que exijo demais digam-me, reclamem. se eu não estiver a perceber berrem, dêem-me bofetadas que me façam acordar e tocar no chão. abanem-me até, juntos, ficarmos sem forças e cairmos num lamúrio triste de quem já vem tarde. não atirem para o ar palavras que eu não posso atingir. mostrem-me coisas, realidades, fantasias até. e não me deixem neste estado. confusa, perdida, entorpecida...

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