para alem do espaco, um tempo
longe dos rumores, o silencio
o sino toca novamente
traz novidades de um mundo
que passa la fora. belos vencidos
de uma guerra inexistente
traem-se numa singela conversa
alguem se debate num instrumento musical
um vulto trespassa as sombras
de um jardim deserto de verde
num passo sem ditados
emerge um circulo branco
ninguem o pinta, desenha-se sozinho
sem meios nem fins trespassa
leves conversas, suspiros, tramoias
sem rodeios, sem saida daquele jardim
prescruta todas as mentes desatentas
salta numa furia
por cima de mentiras, acidentes, perversao
parece um corpo liquido, jorrando
por cima de mentes inquietas.
tem agora cores, e garrida, desmedida
perde o branco e a pureza
sente-se viva.
torna-se vermelha de vergonha,
cinzenta de tristeza
tingida de roxo pensa-se exposta
nao traz palavras, sente-se perseguida
foge de todas as sequelas tristes da vida
quer arder
formar um circulo tao compacto
que estoire de calor
quer desaparecer, deixar de riscar.
por vezes desabo. por vezes nada sou para alem de um simples ninguem com vontade de pessoas.. perco-me entre um ser e um ter.. acho-me sem sentido.. nao quero ordens, compromissos, rotinas.. e tudo o que faco.
um corvo feito crianca granja no alto do seu reino.
doi-me um dente.